terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Tesouro de Bresa

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Houve outrora, na Babilônia, um pobre e modesto alfaiate chamado Enedim, homem inteligente e trabalhador, que não perdia a esperança de vir a ser riquíssimo. Como e onde, no entanto, encontrar um tesouro fabuloso e tornar-se, assim, rico e poderoso? Um dia, parou na porta de sua humilde casa um velho mercador da Fenícia, que vendia uma infinidade de objetos extravagantes. Por curiosidade, Enedim começou a examinar as bugigangas oferecidas, quando descobriu, entre elas, uma espécie de livro de muitas folhas, onde se viam caracteres estranhos e desconhecidos. Era uma preciosidade aquele livro, afirmava o mercador, e custava apenas três dinares.

Era muito dinheiro para o pobre alfaiate, razão pela qual o mercador concordou em vender-lhe o livro por apenas dois dinares.

Logo que ficou sozinho, Enedim tratou de examinar, sem demora, o bem que havia adquirido. E qual não foi sua surpresa quando conseguiu decifrar, na primeira página, a seguinte legenda: "O segredo do tesouro de Bresa." Que tesouro seria esse? Enedim recordava vagamente de já ter ouvido qualquer referência a ele, mas não se lembrava onde, nem quando. Mais adiante decifrou: "O tesouro de Bresa, enterrado pelo gênio do mesmo nome entre as montanhas do Harbatol, foi ali esquecido, e ali se acha ainda, até que algum homem esforçado venha encontrá-lo." Muito interessado, o esforçado tecelão dispôs-se a decifrar todas as páginas daquele livro, para apoderar-se de tão fabuloso tesouro. Mas, as primeiras páginas eram escritas em caracteres de vários povos, o que fez com que Enedim estudasse os hieróglifos egípcios, a língua dos gregos, os dialetos persas e o idioma dos judeus. Em função disso, ao final de três anos Enedim deixava a profissão de alfaiate e passava a ser o intérprete do rei, pois não havia na região ninguém que soubesse tantos idiomas estrangeiros.

Passou a ganhar muito mais e a viver em uma confortável casa.

Continuando a ler o livro, encontrou várias páginas cheias de cálculos, números e figuras. Para entender o que lia, estudou matemática com os calculistas da cidade e, em pouco tempo, tornou-se grande conhecedor das transformações aritméticas. Graças aos novos conhecimentos, calculou, desenhou e construiu uma grande ponte sobre o rio Eufrates, o que fez com que o rei o nomeasse prefeito.

Ainda por força da leitura do livro, Enedim estudou profundamente as leis e princípios religiosos de seu país, sendo nomeado primeiro-ministro daquele reino, em decorrência de seu vasto conhecimento.

Passou a viver em suntuoso palácio e recebia visitas dos príncipes mais ricos e poderosos do mundo.

Graças ao seu trabalho e ao seu conhecimento, o reino progrediu rapidamente, trazendo riquezas e alegria para todo seu povo.

No entanto, ainda não conhecia o segredo de Bresa, apesar de ter lido e relido todas as páginas do livro.

Certa vez, então, teve a oportunidade de questionar um venerando sacerdote a respeito daquele mistério, que sorrindo esclareceu:

- O tesouro de Bresa já está em seu poder, pois graças ao livro você adquiriu grande saber, que lhe proporcionou os invejáveis bens que possui. Afinal, Bresa significa "saber"...

Com estudo e trabalho pode o homem conquistar tesouros inimagináveis. O tesouro de Bresa é o saber, que qualquer homem esforçado pode alcançar, por meio dos bons livros, que possibilitam "tesouros encantados" àqueles que se dedicam aos estudos com amor e tenacidade.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Salvação: dádiva de Deus e não conquista do homem

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A salvação não é um prêmio que recebemos por causa das nossas obras, mas um presente que recebemos por causa da graça. Não conquistamos a salvação pelo nosso esforço, recebemo-la pela fé. Não é resultado do que fazemos para Deus, mas do que Deus fez por nós. Falando a Nicodemos, Jesus destacou essa verdade axial no versículo mais conhecido da Bíblia: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira, que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Nesse versículo nós encontramos sete verdades preciosas acerca dessa tão grande salvação.
Em primeiro lugar, a salvação é grande pela sua procedência. “Porque Deus amou…”. O Deus Todo-poderoso, criador do universo e sustentador da vida tomou a iniciativa de nos amar, mesmo antes da fundação do mundo. Seu amor por nós é eterno, deliberado, autogerado e incondicional. Deus não nos amou por causa dos nossos méritos, mas apesar dos nossos deméritos. A causa do amor de Deus não está em nós, mas nele mesmo.
Em segundo lugar, a salvação é grande pela sua amplitude. “Porque Deus amou ao mundo…”. Deus amou as pessoas de todos os tempos, de todas as raças, de todos os lugares, de todas as classes e de todos os credos. Amou não aqueles que o amavam, mas amou-nos quando éramos fracos, ímpios, pecadores e inimigos. Amou-nos não porque correspondíamos ao seu amor, mas amou-nos apesar de nossa rebeldia.
Em terceiro lugar, a salvação é grande pela sua intensidade. “Deus amou ao mundo de tal maneira…”. Essa expressão de “tal maneira” aponta para o amor singular, incomparável e superlativo de Deus. Seu amor não foi apenas falado, mas demonstrado. Demonstrado não com cenas arrebatadoras, mas com o sacrifício supremo. O amor de Deus não foi esculpido com letras de fogo nas nuvens, mas demonstrado na cruz.
Em quarto lugar, a salvação é grande pela sua dádiva. “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito…”. Deus não deu ouro e prata nem mesmo um anjo para a nossa redenção. Deus deu tudo, deu a si mesmo, deu o seu único Filho. Deu-o para que ele se esvaziasse e vestisse pele humana. Deu-o para que seu Filho fosse rejeitado e desprezado entre os homens. Deu-o para que seu Filho suportasse o escárnio das cusparadas e suportasse a maldição da cruz. Deu-o como sacrifício para o nosso pecado.
Em quinto lugar, a salvação é grande pela sua oportunidade. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê…”. A salvação não é recebida como fruto do merecimento, mas como resultado da graça mediante a fé. A salvação não é dada àqueles que se julgam santos nem àqueles que praticam boas obras com o propósito de alcançarem o favor de Deus. A salvação é oferecida gratuitamente àqueles que crêem em Cristo. Não é crer em anjos nem em santos, mas crer em Jesus, o Filho de Deus. Jesus é o caminho para Deus, a porta do céu, o único mediador que pode nos conduzir ao Pai.
Em sexto lugar, a salvação é grande pela sua libertação. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira, que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça…”. A salvação é o livramento da ira vindoura, é a soltura das cadeias da morte, é a alforria dos grilhões do inferno. Aqueles que permanecem incrédulos perecerão eternamente. Aqueles que se mantêm rebeldes contra o Filho jamais verão a vida nem desfrutarão do paraíso de Deus. Aqueles que não beberem da Água da Vida, terão que suportar o fogo que nunca se apaga.
Em sétimo lugar, a salvação é grande pela sua oferta. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna”. Deus não apenas livra da condenação os que crêem, mas também oferece a eles vida eterna. A vida eterna é uma perfeita e íntima comunhão com Deus pelo desdobrar da eternidade. A vida eterna será como uma festa que nunca mais vai acabar, no melhor lugar, com as melhores companhias, com a melhor música, com as melhores iguarias, trajando vestes alvas. Enquanto a eternidade durar, desfrutaremos dessa gloriosa vida. Bendito seja Deus por tão grande salvação!


Rev. Hernandes Dias

PREGOS DE COBRE



A cada domingo o pastor vinha pregando sobre a importância de uma consciência limpa exortando seus ouvintes sobre a importância da confissão de pecados, e, quando possível, compensar o mal que causamos a outros. Ao final do culto, um jovem, membro da igreja, veio até ele com um semblante atribulado.

"Pastor", explicou ele, "o senhor me colocou em uma situação difícil. Fui injusto com alguém e tenho vergonha de confessar ou mesmo procurar tal pessoa para acertar a situação. Sabe, sou um construtor de barcos e o homem para quem trabalho é ateu. Sempre falo a ele da necessidade que ele tem de Cristo e insisti para viesse ouvi-lo pregar, mas ele zomba de mim e me ridiculariza. Porém, sou culpado de algo que, se reconhecer diante dele, arruinará meu testemunho para sempre".

Ele contou, então, que há algum tempo ele começara a construir para si um barco em seu quintal. Esse tipo de construção requer pregos de cobre, por não oxidarem em contato com a água. Esse tipo de prego é muito caro e ele vinha trazendo para casa grande número deles para usar em seu barco. Ele sabia que estava roubando, mas tentou poupar sua consciência dizendo a si mesmo que seu patrão tinha tantos que não daria falta e que, além disso, ele não recebia um salário justo. Porém, aquela mensagem o levou a encarar o fato de que era um ladrão como qualquer outro e que não há desculpa para tais ações.

"Mas", continuou ele, "eu não posso chegar para o meu patrão e contar o que fiz, nem mesmo oferecer reembolsá-lo pelos pregos que usei e devolver os que sobraram. Se fizer isso ele pensará que sou exatamente um hipócrita. Mesmo assim, esses pregos de cobre estão penetrando minha consciência. Sei que não terei paz enquanto não acertar esta situação", prosseguiu ele.

A luta continuou por várias semanas. Então, em uma certa noite, ele exclamou: "Pastor, acertei a questão dos pregos de cobre e minha consciência finalmente está tranqüila".

"O que aconteceu quando você confessou ao seu chefe o que acontecera?", perguntou o pastor.

"Ah, ele me olhou de um jeito esquisito, e exclamou: 'George realmente sempre achei que você era um hipócrita, mas agora começo a perceber que, afinal de contas, deve haver algo nesse cristianismo. Levou um empregado desonesto a arrepender-se e a confessar que vinha roubando pregos de cobre e ainda se ofereça a restituí-los, merece ser seguida'".

Após pedir permissão, o pastor sentiu direção para compartilhar essa história diversas vezes; e invariavelmente pessoas o procuravam para explicar como "pregos de cobre" de diversos tipos as estavam perfurando.

Uma senhora confessou: "Também tenho 'pregos de cobre' em minha consciência".

"Como assim? Com certeza a senhora não é construtora de barcos".

"Não, sou admiradora, amo livros e tenho ficado com vários livros que pertencem a um amigo cujo salário é muito maior do que o meu. Na noite passada, decidi livrar-me dos 'pregos de cobre', devolvi os livros e confessei o meu pecado".


Devemos ter clareza. Reforma e restituição não são motivo de mérito algum no que refere à salvação. Mas é claro em todas as Escrituras, que falta paz nos corações que evitam acertar as coisas com os outros. Em muitos de seus salmos, Davi menciona como uma consciência atormentada o perturbou ao longo das horas da noite.



Medite neles:

"Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto.

Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano.

Enquanto eu me calei, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia.

Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio.

Confessei-te o meu pecado e a minha maldade não encobri; dizia eu: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado.

Pelo que todo aquele que é santo orará a ti, a tempo de te poder achar; até no transbordar de muitas águas, estas a ele não chegarão." Salmos 32:1-6